O amor nasce puro, não precisa de vestimentas


Escrito por Luciana S.Zanon


Quando falamos DE amor, facilmente podemos associar mitologicamente às Deusas Afrodite (Grega) e Vênus (Romana) e nelas localizamos o conceito de Deusas da Beleza, do Amor e da Entrega – Protetora das Uniões e Casamentos e das formas de amor desinteressado.

Se imaginarmos o que é verdadeiramente o amor que sentimos, não conseguimos mensurá-lo tão somente pela sensualidade, mas sim pela nossa participação nesse amor, pois são coisas distintas.

Devido a isso, as sacerdotisas dos templos das Deusas (Vênus e Afrodite) ensinavam as adolescentes a arte DE amar, ensinando sobre tudo o que se relacionava ao amor (inclusive a sexualidade sagrada era envolvida nesses ensinamentos).

Todavia, em nossa contemporaneidade, isso foi minimamente reduzido a um contexto de educação sexual.

Vênus/Afrodite em suas formas físicas vêm representadas por uma nudez, pois por representar o amor em sua inteireza, não precisam de nada além da sua própria luz.

Na pintura de Ticiano  acima(1514) o amor se revela em duas formas:
O amor profano, que está na matéria, se apresenta vestido De/Em suas necessidades e,
O amor sagrado, que simplesmente se mostra, pois sendo sagrado nasce puro; não precisa de vestimentas.

Podemos sugerir citar aqui algo sobre a atuação da força destas Deusas em nós (tanto no homem como na mulher), considerando que essa atuação seja o próprio amor em nós.

Se porventura esta força está ausente em nós, podemos desenvolver algo desequilibrado que é o sexo sem amor, ou seja, a entrega ao sensualismo puro e, isso profana o próprio ato DE amar.

Isto só nos reforça lembrar que temos em nós as duas partes, e que vivemos no desafio de equilibrarmos o poder de representação dessas Deusas (Vênus/Afrodite) na nossa própria arte DE amar (sentimento relacionado às pessoas, à natureza, à vida em si, à capacidade de sacrificar-se por amor (uma das coisas mais nobres na espécie humana).

O próprio elixir da vida, não se restringe ao sexo. 
A isso chamamos aqui de Casamento Sagrado.

(texto desenvolvido a partir de vídeo da Nova Acrópole – Escola de Filosofia Internacional)

Comentários

  1. Muito lindo Lú... sempre pensei assim e me chamavam de careta.
    Que bom ler este texto e saber que não estou sozinha na forma de pensar...
    Beijãoo.

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  2. Que coisa linda! Vc nos encanta! Continue nos alimentando de seus textos generosos!

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